Um dos mais tradicionais clubes alemães precisa com urgência pensar no futuro. O Schalke 04 costuma ser um dos representantes germânicos na Champions League, mas pela segunda temporada consecutiva não conseguirá vaga sequer para a Liga Europa.
Na verdade, a goleada sofrida para o Wolfsburg no fim de semana (1-4) deixa os Azuis Reais, com 39 pontos, mais distantes do 6º colocado, os próprios Lobos (49 pontos), do que do Fortuna Düsseldorf (30), que ocupa a 16ª colocação, para disputar os playoffs contra o rebaixamento.
Se a campanha antes da parada pela pandemia do novo coronavírus era instável, após o retorno foi desastrosa. Desde a volta oficial da Bundesliga, no dia 16 de maio, quando o sofreu revés justo para o grande rival Dortmund (4-0), o Schalke empilhou oito jogos sem vencer – apenas dois empates e seis derrotas.
Não à toa várias torcidas organizadas do clube de Gelsenkirchen preparam protestos, sobretudo contra o presidente do clube Clemens Tönnies. A manifestação, marcada para o próximo sábado ao redor da Veltins-Arena durante a última rodada do Campeonato, quando o clube estará em Freiburg cumprindo tabela contra o time local, terá base em frase idealizada pelos próprios torcedores: “Não somos um abatedouro. Contra a desmontagem de nosso clube”.
Mesmo com a subida dos números gerais de Covid-19 na Alemanha, a torcida não dissolve a ideia da manifestação, prometendo tomar as precauções sanitárias.
De constante participação na Champions League, com destaque para a chegada às semifinais em 2010-11, e Liga Europa, da qual se sagrou campeão (antiga Copa da UEFA) em 1996-97, o Schalke amargará dois anos seguidos sem competições continentais pela primeira vez desde o hiato de 1998-99 a 2001-02.