Ministro da Saúde de Bolsonaro entre 16 de abril e 15 de maio, Nelson Teich ganhou notoriedade nacional após substituir Luiz Henrique Mandetta no Ministério em meio ao momento mais importante e decisivo na história da saúde pública do Brasil, a pandemia do novo coronavírus. O que a história conta é que, muito antes de assumir a pasta, o médico oncologista era conhecido por atuar em outra área: a grande área das quadras de futsal. Mais precisamente, na área do salão do Clube de Futsal Mackenzie, onde Teich atuou como goleiro.
Clube tradicional da Zona Norte do Rio de Janeiro, o Mackenzie contou com a presença de Nelson Teich debaixo das traves durante a década de 70. Nesse período, o clube se tornou tricampeão estadual infantil e infanto-juvenil, e as grandes atuações de Teich renderam-lhe a convocação para a seleção carioca, onde foi campeão brasileiro. Um histórico de atleta e tanto, hein?
“Eu vou te falar: pegava muito! E o outro goleiro [Paulinho] também pegava muito. Era aquela coisa: se não jogasse um, jogava o outro e você nem ficava preocupado com o goleiro. Era fazer o gol pra ganhar o jogo porque nossos goleiros não tomavam. Ele [Teich] era fenômeno, pegava muito. Eu fui convocado para a seleção e ele foi comigo” – recorda Paulo Salles, ex-colega de Teich no Mackenzie e seleção carioca, em entrevista ao Portal da UOL.
“A gente chamava ele de Aranha Negra, pois gostava de jogar com o uniforme todo preto, aí lembrava o Lev Yashin [histórico goleiro Russo]. E também porque ele se destacava com as pontes [defesas com salto]” – relembra ainda Salles.
Nelson Teich deixou o comando do Ministério da Saúde na última sexta-feira (15). A pasta está sendo comandada interinamente pelo ex-Secretário executivo Eduardo Pazuello.
