Pesquisa: 68% dos jogadores querem o retorno do futebol no Brasil

Maioria dos atletas justifica posição com preocupações financeiras

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Mais da metade dos jogadores e jogadoras de futebol do Brasil querem o retorno dos campeonatos, interrompidos há aproximadamente dois meses pela pandemia do novo coronavírus. Conforme apurado pela pesquisa realizada pela Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol), juntamente ao SIAFMSP (Sindicato dos Atletas de Futebol do Município de São Paulo), 734 atletas que atuam em diferentes certames de todos os estados da federação foram ouvidos: 68% manifestaram-se a favor da volta do futebol brasileiro, 32% foram contra.

A pesquisa trouxe estatísticas detalhadas, por exemplo, a separação por prateleiras do futebol brasileiro às quais pertencem os atletas ouvidos. Em todas as categorias os favoráveis ao retorno foram maioria, porém os jogadores de clubes de Série D e Estaduais formaram um número clamoroso: 85% pedem pela volta. Confira detalhes:

Série A: 55% a favor – 45% contra

Séries B e C: 74% a favor – 26% contra

Série D e Estaduais: 85% a favor – 15% contra

Futebol Feminino: 56% a favor – 44% contra

Além da resposta objetiva, a pesquisa solicitou que os atletas apresentassem as motivações para suas posições. E, entre aqueles que se manifestaram favoráveis ao retorno, a maior parte atrelou a urgência de voltar aos campos às próprias necessidades financeiras, mencionando também a curta duração da carreira dos jogadores e jogadoras.

Outros que apoiam o retorno, o fazem por acreditar que há estrutura suficiente para que os campeonatos possam voltar com segurança, ou ainda que a ameaça do coronavírus não seja tão grave quanto se fala.

Já entre aqueles que se manifestaram contrários ao retorno do futebol no Brasil, um número próximo à metade acredita não haver segurança suficiente para a saúde dos atletas. Outra parte expressiva diz que, com tantos doentes e falecidos em decorrência do vírus, não se deve, por ora, pensar no futebol.

Alguns atletas mencionaram outra motivação à contrariedade da volta ao admitir enfrentarem atrasos salariais, considerando ainda desrespeito ao profissional a eventual obrigação de quebrar o isolamento. Ainda, alguns alegaram que a família os influencia diretamente para que não retornem ao campo.

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